quinta-feira, janeiro 05, 2006

Baía de Puerto Madryn



Apesar de alguns dias inolvidáveis, passados na pampa húmida da Província de Buenos Aires, nomeadamente em Olavarria, Bolívar e Trenque Lauquen, é Puerto Madryn, na Patagónia, o local escolhido para a primeira paragem.

Quando se viaja sozinho, há uma necessidade quase obrigatória, de fazer um reconhecimento do meio e da geografia. Puerto Madryn - bem como os outros locais visitados - não foi excepção.

O dia, assinalado por uma ventania bíblica capaz de fazer entrar grãos de areia na mais apertada malha, não augurava uma boa jornada para o dia seguinte, dia de baleias. Mas os flamingos, que a custo voavam contra ventos e marés, pareciam ser portadores de uma vontade inamovível. A abnegação demonstrada foi desde logo inspiradora, a par das mensagens enigmáticas do Oráculo de Delfos, cujos significados foram desde sempre instrumentalizados por Alexandre, filho de Filipe e Olímpia, descendente de Ulisses e aluno de Aristóteles.
Vinte e três anos volvidos, reencontrei o dono de Bucéfalo.

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